quarta-feira, 6 de março de 2013

Chorão, a falta e a lembrança


Não venha me falar que o legado do Chorão do Charlie Brown Jr. é um "tupificpuf Charilie, tupificpuf Brown" e apenas isso.
Se disser, apenas vou considerar que você passou da fase sem viver ela. O fato é que vivi a fase Charlie Brown Jr com um skate na mão (e só na mão, pois nunca consegui andar), ouvindo Rubão, o dono do mundo e achando aquilo um jeito novo de gostar de rock. Meio rap, há quem diga - mas de qualquer maneira, se impondo e deixando a pergunta: Aquela época seria tão boa sem o Chorão e o Charlie Brown?
Acho que não.
Dizer que o Chorão não produzia como antes, citar os atritos e erros que cometeu não degrine em nada o conceito do ícone. 
Na morte, assim como nas recordações o que foi bom se intensifica, mas o pesar da partida dessa vida ocupa o espaço que se deve, como se fosse um colega do colégio que mudou de cidade e não se teve mais contato, mas saber da morte causa tristeza involuntária.
Mas se tinha que acontecer, que fosse hoje. Se fosse amanhã, o "ainda me lembro bem daquela quinta-feira" teria o apelo muito mais triste ao "grito de dor de um homem que falava a verdade, mas ninguém se importava.".




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