Cisne Negro (Black Swan, 2010)

Querido pessoal, tudo bem?

Hoje o “Bancando a Critica” não poderia deixar de homenagear o Dia da Mulher né?

Por isso, nada mais justo que falar sobre o filme que deu o Oscar de melhor atriz para Natalie Portman, Black Swan.

A bailarina Nina consegue os dois papéis principais na nova montagem de O Lago dos Cisnes - ela vai interpretar tanto o virginal Cisne Branco quanto o lascivo Cisne Negro. A pressão antes da primeira apresentação, porém, faz Nina questionar até mesmo a realidade diante dos seus olhos.

Essa é a história geral do filme, mas o trailer, é muito melhor explicativo. Vivo.

O Cisne Negro é movido a sensações e isso é tão difícil de se criar no cinema e de despertar  no telespectador que fica complicado descrever detalhes dos filme, pelo simples fato que gostaria que vocês sentissem o mesmo que eu ao assisti-lo.

Todos os seus personagens levam para tela um mistério que encanta e assusta, os faz imaginar um novo filme pela ótica de cada um deles.

Nina, desperta pena, impulsos de coragem, insegurança absurda e uma determinação que até um momento, a gente simplesmente não percebe que está lá. Mas os Impulsos, isso sim faz toda a diferença! Imaginários ou não, SÃO verdade. Não dá para questionar isso.

O jogo de ironias tão drástico, que Thomas (Vincent Cassel), o diretor da companhia, é tão príncipe quanto monstro, é perturbador como com apenas uma frase, ele consegue inverter os papeis dele mesmo.

Já Lilly (Mila Kunis), é a sedução em pessoa, e a sedução é tão forte e atraente que faz Nina despertar uma parte oculta de sua mente, a vontade de se aproximar, de absorver uma parte dela em si mesma é tão grande quanto o medo de se diluir e enfraquecer.

A bailarina veterana Beth (Winona Ryder), é como um fim anunciado para quem atinge a perfeição. Ela mostra a crueldade do tempo, o desprezo demonstrado até pelos mais próximos quando não se está mais no auge. É triste, são poucas cenas que deixam tanto nas entrelinhas que em uma fração de segundo, é possível saber o que sua mente louca está pensando. Dói, mas a dor física é o que reflete seu interior, tão cru e assustador que Nina, tem dificuldade de lidar com ela cara-a-cara.

Se você ainda não viu esse filme,assista de mente aberta, deixe-se envolver pela trilha sonora, pela filmagem  instável que acompanha os personagens, pelos movimentos do corpo, pela magreza deles, o movimento dos ossos são o reflexo do esforço. Se envolva pelo Ballet, que nem sempre faz parte da nossa cultura, e pela história do Lago dos Cisnes.

O Cisne Negro desperta a vontade de viver intensamente. De sentir. De fazer o que for preciso para isso.